quinta-feira, 30 de junho de 2016

Assunto: Em que dia chegas?




Data: 15 Maio 2016; 11:12

Assunto: Em que dia chegas?

Olá Cristina, como estás?

Eu estou mais ou menos, pois a minha relação com o Zeca atingiu níveis já insuportáveis.

Não te referi no e-mail anterior mas o teu primo simplesmente não fala comigo! E há demasiado tempo. Resisti o que pude mas agora também deixei de falar com ele....

Sabes bem que o teu primo é o homem da minha vida. Mas bolas, se ele é o homem da minha vida, prefiro as mulheres, lol.

Ups, espero que não leves isto demasiado à letra, pois ao leres isto ainda vais desfazer as malas e ficas por aí a apanhar sol num parque à beira do Tamisa, em vez de vires aturar esta maluca…

Reconheço que amo o teu primo, mas cada vez mais acho que é um sentimento que só eu é que nutro, pois da parte dele…. simplesmente desapareceu. E se calhar nos braços de outra. E por minha exclusiva culpa, reconheço.

Mas vou-te contar agora a história do início do nosso desentendimento.

Imagino que não saibas mas em novembro a tua tia realizou uns exames.

O teu tio disse-me que por vontade deles e enquanto não tiverem os resultados definitivos dos exames, não iriam contar nada ao Zeca para não o preocupar, e que esperavam que eu encobrisse o segredo.

Como deves imaginar, dadas as circunstâncias, não tive alternativa senão concordar. São decisões familiares que tenho de respeitar.

E concordei apenas porque o teu primo ficaria completamente de rastos ao saber da situação, e mesmo sem resultados conclusivos.

Dias depois os teus tios pediram-me que, sem levantar suspeitas, eu propusesse ao Zeca a alteração do local da ceia de Natal para casa deles.

Isto porque este ano estava previsto passarmos o Natal em casa dos meus pais.

Assim, e depois da anuência dos meus pais, que sabem da história, propus ao Zeca que fossemos passar a Consoada na casa dos pais dele. Mas, claro, não lhe expliquei a razão…..

Estava à espera que me dissesse logo que sim sem questionar, mas ao invés teve uma reação intempestiva.

Disse-me que "não", que "nem pensar", que “este ano é em casa dos teus pais, e não vamos mudar”.

Já estás a ver a embrulhada toda, não estás?

Ainda lhes "dourei a pílula" quando dei a notícia aos teus tios, mas foram-se muito abaixo.

Entenderam que o Zeca não quis estar com eles, preferindo estar com a minha família.

Claro que a noite de Natal passei-a ao telemóvel com os teus tios. E eles a chorarem compulsivamente do outro lado e eu a tentá-los animar e consolar. Mas debalde.

Sem saber de nada, eu só via o Zeca com uma cara que nem te digo, pois ficou a pensar outras coisas. E confesso que eu no lugar dele também pensaria o mesmo.

Desde essa altura tenho ido a casa dos teus tios com muita frequência. E o Zeca sem saber de nada.... mas a desconfiar de tudo e de todos.

E eu ainda não lhe posso dizer nada, pois os ainda faltam os resultados de uns exames complementares. Tu sabes lá a minha vida.

Para cúmulo, acho que os teus tios meteram na cabeça que o Zeca sabe da situação toda, e que simplesmente não quer saber da mãe.

O que me leva a acreditar que os meus sogros disseram-me tudo aquilo apenas para eu ir arranjando forma de contar ao Zeca, pois eles não tinham coragem.

E por isso não conseguem acreditar que eu tenha estado a esconder tudo do meu próprio marido.
Mas eu sou assim. Os teus tios pediram-me segredo e eu prometi respeitar, independentemente das consequências. Mas nunca imaginei que fossem estas...

E desta forma a minha relação com o Zeca piora constantemente… É absolutamente absurdo.

É que chego todos os dias a casa a pensar “é hoje que chego e vejo o bilhete de despedida dele….

Beijo grande

Andreia

(continua…)

terça-feira, 28 de junho de 2016

Assunto: Já fizeste as malas?


Para: cristina.silva.rocha@iol.com
De: jose.gomes.rocha@gmail.com

Data: 14 Maio 2016; 18:28
Assunto: Já fizeste as malas?

Estás bem, miúda?
Sabes, ando mesmo com a cabeça à nora!
É que acabei de receber um telefonema dos meus pais e a pás nas tantas disseram-me que a Andreia te enviou um e-mail. Nem lhes perguntei como é que eles sabiam. Achei estranho. Foste tu que lhes disseste?
O mais certo é ela ter ido ter com eles para se queixar de mim, que sou isto, aquilo e aqueloutro. E deve ter-lhes falado no e-mail que te enviou, decerto com a mesmo lengalenga. Foi isso, não foi?
Sabes, e podes nem acreditar, mas eu ainda amo aquela gaja. Apesar de tudo o que me tem feito.
Sei o que digo pois quando a olho nos olhos sinto umas borboletadas no estomago que é obra. Porquê? Como? Pois, não sei. Devo ser é parvo. Mas nisso quase todos os homens o são. Paciência.
Acho que mereces saber por mim antes que te contem tretas, mas os meus problemas com a Andreia só surgiram mesmo na noite de Natal do ano passado.
Antes do nosso primeiro Natal juntinhos decidimos que iriamos passar a noite de 24 em casa de cada um dos nossos pais, em anos alternados, de forma a não haver cenas e preferências, que só chateiam.
Assim, e para decidir onde íamos o primeiro ano lançámos moeda ao ar. Calhou na casa dos teus tios.
No ano passado, respeitando a ordem, fomos jantar a casa dos pais da Andreia. Aos sogrões!
Adiante. Jantar de Natal e a Andreia sempre ao telemóvel.
Eu já tinha feito as minhas três chamadas relâmpago estilo “Feliz Natal, beijinho, beijinho”, e uma delas foi para ti, claro.
Esperava eu por ela para começarmos a comer e olho para o lado e vejo os pais dela a morfarem (adoro este termo) como se o mundo fosse terminar no dia seguinte, ao mesmo tempo que viam um programa estúpido na televisão.
Confesso-te que isso mexeu comigo. Nem esperam pela própria filha, pensei, gente danada. Mas como se demora a Andreia....
Que fazia ela, afinal? Levantei-me e fiz sinalética – estou cheio de fome. Anda!
A cara dela estava muito apreensiva e mais ficou ao me ver, a estúpida. E voltou-me costas e começou a falar ainda mais baixo.
Eu, claro, fiquei fulo e regressei ao lugar, e comecei a comer porcarias, tipo figos e outras cenas.
Quando enfim ela se sentou já estava tudo frio, e os pais dela já se estavam a vestir para irem para a Missa do Galo. Triste.
Fiquei mesmo furioso com ela por me ter estragado a noite de Natal que sinceramente nunca mais lhe dirigi a palavra de jeito.
Ela bem tentou e por diversas vezes. Mas eu nem quero saber!
Então fui jantar a casa dos pais dela e não à dos meus, estando o meu pai um bocadito adoentado, para isto? Para ela estar aos segredinhos? Com quem? E a cena dos pais dela? Isso não se faz, caramba. Não há desculpa.
Lembro-me que a Andreia ainda tentou mudar o jantar para casa dos meus pais e que fui eu que lhe disse que não, porque eu conheço as mulheres (desculpa lá, lol).
É que depois estava volta não volta a levar com bocas dela a dizer que “fomos a casa dos teus pais passar o Natal e devíamos era ter ido a casa dos meus.”!
E além do mais aquilo cheirou-me a esturro, tipo os pais dela tinham outras coisas combinadas….
A partir daí ela por vezes chega tarde a casa, nem me diz onde esteve, nem com quem esteve…. E eu, Primita, estou tão farto….
Mas não te quero chatear mais. É que sinceramente já nem vale a pena.
Mas afinal já tens os bilhetes ou não?
Beijos
Zeca
(continua…)


domingo, 26 de junho de 2016

Assunto: Então sempre vens!?



Data: 12 Maio 2016; 09:13

Assunto: Então sempre vens!?

Olá Cristina,

Espero que estejas bem.

Eu também estou bem, na medida do possível, claro.

É engraçado, mas foram os teus tios que me disseram que vinhas passar uns dias a nossa casa, o que muito me agradou, apesar de achar que não deveriam ser eles a dizer-me. Nem tu.

Ainda não te tinha dito mas confesso agora que fiquei bastante triste quando soube que ias trabalhar para Londres, mas no entanto estou a habituar-me a ter as pessoas de quem mais gosto longe da vista, mas não longe do meu coração.

No meio disto tudo deves estar a estranhar que te tenha dito que foram os teus tios a contarem-me que vinhas passar uma temporada na minha própria casa, mas sabes que eu e eles sempre tivemos uma relação muito boa. Eles tratam-me como sua filha.

Imagina lá que tenho ido muitas vezes a casa deles mesmo sem o Zeca. E mesmo sem ele saber. Mas depois conto-te o porquê. E prepara-te porque a razão não é lá muito boa….

Fica sabendo que estou muito contente por teres uma tão boa relação com o teu primo. Ele precisa.

Infelizmente, quem não tem uma boa relação com ele sou eu… mas isso já tu deves saber, pois o Zeca conta-te tudo.

Espero mesmo que esta situação entre nós os dois não se reflicta em nenhum momento da tua estada.

O máximo que pode acontecer é sermos os dois a disputar-te a atenção e as saídas, nada mais.

Entre mim e o Zeca não há discussões (pelo menos ainda não houve) e espero que assim continue, pois se já assim já é bastante mau, agora estar em casa com outra pessoa a discutir seria para mim insuportável.

O Zeca é o homem da minha vida e desde que o conheci a minha vida mudou para melhor. Muito melhor.

Ele é uma pessoa extraordinária, atencioso, respeitador, carinhoso, e que nunca me deixou ficar mal, antes pelo contrário.

Quando o apresentei como meu namorado à minha família, todos ficaram completamente apaixonados por ele, pois quando quer, ele é um charme.

Até a minha tia Lurdes já me disse mais que uma vez “sobrinha, vê se te fartas dele depressa para eu o ir buscar”. E acredito mesmo que ela faria isso!

Mas depois quando chegares pomos esta conversa em dia, e explico-te os pormenores.

Até breve

Beijinhos

Andreia


(continua…)

sexta-feira, 24 de junho de 2016

Assunto: Já compraste os bilhetes?




Data: 11 Maio 2016; 14:35

Assunto: Já compraste os bilhetes?

Olá Prima,

Espero que estejas bem aí por Londres.

Eu vou andando por aqui....

Antes que me esqueça, os teus tios mandam-te beijinhos e aguardam com impaciência a tua vinda.

Mas antes de vires passar uns dias a minha casa gostava de te pôr a par acerca de umas coisitas….

Como sabes eu e a Andreia tínhamos uma relação.

Escrevi “tínhamos”? Chiça, isto é mesmo um mau sinal. Devia ter escrito “temos”…..

Vou fazer um reboot!….. Pronto, já está.

Como sabes eu e a Andreia temos uma relação!

Mas já estraguei tudo, não foi? Mesmo com o reboot era impossível esqueceres-te do que escrevi. Adiante.

Mas já estás a ver a qualidade da relação que tenho com a Andreia, não?

Na prática agora somos apenas companheiros de despesas, casa, de quarto, de cama. Mas agora até nisso somos mesmo muito maus.

Por causa disso divido as pessoas que conheço em dois grupos: aquelas a quem digo a verdade sobre a minha (falta de) relação com a Andreia, e todos os restantes.

E os primeiros são apenas um punhado de pessoas, no qual agora te incluo.

Mas, perguntas tu, afinal o que é aconteceu? O que é que nos aconteceu? Pois, simplesmente, não sei!

Como sabes, conhecemo-nos através de amigos comuns e a atracção foi (quase) imediata.

Só escrevi “quase” porque demorámos uma semana a “despachar” os respectivos da altura e a atirarmo-nos aos braços um do outro.

Idílico, não, Prima?

E foi. Foi mesmo idílico. E tinha tudo para que continuasse idílico até hoje. Digo bem, “tinha”….

A paixão que surgiu entre nós caiu que nem uma bomba entre os nossos amigos e principalmente, pasme-se, os teus tios! Sim, como sabes, eles adoraram-na a desde o primeiro instante. Todos andavam felizes, incluindo nós, claro!

Sem quaisquer resquícios de ciúmes bacocos, acho que se por alguma razão os teus tios fossem obrigados a escolher, de caras prefeririam a Andreia a este teu primo! Lol.

Claro que sabes que a Andreia é o tipo de mulher que quando quer é o centro das atenções, que sabe ser, sabe estar, que tem uma presença hipnotizante. E que me hipnotizou. E que me hipnotiza, ainda.

O e-mail já está longo e pior, lamechas até à medula.

Fica bem e vê lá se não te constipas entretanto que aqui em Lisboa está uma temperatura deliciosa, e a praia, os caracóis e as bejecas esperam por nós!

Beijo grande

Zeca

(continua…)

quarta-feira, 15 de junho de 2016

O Desabar do Meu Mundo

Eu nem acredito! Incrível. És mesmo uma grandessíssima Besta, meu Desgraçado!

E foi assim desta forma que o meu Mundo desabou!

Mas voltemos atrás a fita….uns anitos.

Fiz-me gente e como todos nós, desde tenra idade criei um mundo só meu.

E é lá onde tenho guardado as minhas coisas mais importantes. E íntimas.

E vi o meu mundo estremecer….

…quando desapareceu a minha chucha predilecta. Quando sumiu o meu livro do banho favorito. Quando a minha namoradinha da primária mudou de escola….

Agora sou adulto e já sabia que o mundo estremecia. Só não sabia é que ele desabava. Até hoje.

É que o mundo desaba mesmo. E desaba forte e feio especialmente quando quem me costuma tratar por “Amor” me apelida agora de “Grandessíssima Besta”!

O meu primeiro instinto foi de me colocar debaixo de uma ombreira de porta, procedimento aconselhado num tremor de terra!

Só depois é que me apercebo do que está realmente a suceder…. e o cenário que vejo é pós-apocalíptico!

O meu mundo, outrora repleto de altares fofinhos, cada um cheio de boas recordações, foi-se!

O céu azul estilo Simpson é agora cinzento muito carregado com trovões a ribombarem, estremecendo tudo!

O chão abre-se sob os meus pés e vejo as escaldantes chamas do Inferno, Mafarricos a puxarem-me os pés…. e o Capeta a rir-se!

Ao longe ainda consigo ouvir a minha própria voz, titubeante, a dizer “Amor, que é isso?

E a resposta veio, pronta, como só as mulheres conseguem fazer, seja qual for a situação…

És mesmo um Anormal. Deixaste outra vez a tampa da sanita levantada e o parvo do gato estava a beber de lá! Tiveste muita sorte de ele não ter caído lá para dentro!

E como se de um milagre se tratasse, o meu mundo instantaneamente recompôs-se, aliviado.

Atento, o meu diabinho particular segreda-me ao ouvido “Ainda bem que era só isso. Julgava que ela tinha descoberto…, tu sabes…


Ao qual respondo “Pois. Eu também julgava que era a outra coisa…

E rimo-nos os dois, em surdina.

quarta-feira, 8 de junho de 2016

O Mundo acaba Amanhã!

A notícia caiu que nem uma bomba e surgiu em todos os meios de comunicação social ao mesmo tempo, num frenesim global!
A minha primeira reacção foi “é treta de 1º de Abril” e depois reparei que estamos em Junho.
Ainda pensei numa campanha da Rádio Comercial, mas rapidamente me lembrei que hoje era o Dia do Animal de Estimação….
Foi só na terceira que me dei conta com horror da fatalidade “O Mundo vai mesmo acabar amanhã!
Nem pensei no facto de que eu próprio iria morrer…. e amanhã, juntamente com o mundo!
Nessa altura já todas as pessoas seguiam por ordem os cinco passos da perda e do luto de Kubler-Ross!
Falavam umas para as outras frases de negação como “não, pode ser!” ou “mas afinal quem é que está a espalhar esta notícia?
Logo a seguir explodiu a raiva e procuravam os culpados! “Eles é que fizeram isto!” e logo a seguir procuravam destruir fosse o que fosse.
A fase da negociação foi extremamente rápida, pois nada havia para oferecer, nem a quem, por isso cedo cederam à depressão.
E como zombies aceitaram a inevitabilidade e saíram todos à rua, enfrentando a luz, lívidos…..
E eu? Passei por todas as fases como todos os outros e também rapidamente me vi no meio da rua, sem ter noção do tempo, sem ter noção de nada.
Assuntos pendentes como ir aos Correios, levantar dinheiro ao multibanco ou um almoço combinado ficaram esquecidos no cérebro…
Por todo o lado via pessoas a caminharem de um lado para o outro, aturdidas, sem destino….
Outras ainda conduziam desenfreadas, fugindo sabe-se lá para onde, sem respeitarem sinalizações ou mesmo faixas de rodagem!
Já uma mole de pessoas caminhava atrás de uma cruz numa procissão silenciosa. Brutal. Senti-me bastante tentado, mas por qualquer razão segui caminho….
Sentia-se uma tensão incrível por todo o lado. A electricidade andava no ar, verdadeiramente palpável.
Com os nervos à flor da pele, as pessoas agrediam-se umas às outras por nada e por tudo, e por isso não me admirei nada a ver por todo o lado cachos de pessoas à pancada ao estilo do Velho Oeste.
As pilhagens tinham rebentado por todo o lado e tornou-se extremamente perigoso caminhar perto de prédios pois tudo caía das janelas e das varandas. Mesmo tudo!
As redes de telemóveis e de wifi não funcionavam, mas mesmo assim via os outros a olhar insistentemente para os seus smartphones....
.... talvez na esperança que alguém ligasse ou escrevesse “afinal o Mundo não acaba amanhã!” ou “amo-te!
Entretanto eu já tinha um objectivo muito bem definido. E queria cumpri-lo, desse por onde desse.
Queria estar com aqueles que amo! Nem que fosse a última vez… nem que fosse a última vez….

quinta-feira, 2 de junho de 2016

Os verdadeiros Heróis!


De que somos feitos? De apenas carne, músculo, osso…?

De que serão feitos os nossos pensamentos? E as nossas recordações? Onde estarão armazenadas?

Será que as nossas sinapses desligam-se simplesmente quando passamos para o “outro lado”?

Será que nada de nós restará por aqui, a não ser lembranças cada vez mais ténues e vagas?

Sabe a pouco. Deveria ser mais. Em alguns casos mesmo muito mais.

Penso nos que realmente mereciam não ser esquecidos, esses que fazem realmente o nosso mundo girar!

Pelo que fazem por si, pelos seus e pelos outros, esses mereciam não ser esquecidos, e os seus “feitos” deveriam ser sempre recordados.

Estou a referir-me a todos os homens e mulheres que todos os dias trabalham duramente nas fábricas, nas minas, nos escritórios, nas estradas, no campo, no mar, em casa....

Estou a referir-me a todos os profissionais e voluntários que zelam pela nossa segurança, pela nossa saúde, pela nossa coesão social.

Estou a referir-me ainda a todos aqueles que arriscam tudo e atravessam países, continentes, mares ou oceanos para procurarem melhores condições de vida para si e para os seus.

Estou a referir-me a todos aqueles que sem pedirem qualquer reconhecimento, trabalham uma vida inteira para conseguirem pôr comida na mesa para os seus.

Estou a referir-me a todos os heróis e heroínas que fazem verdadeiros milagres com o que auferem e mesmo assim criam os filhos com noções de justiça, igualdade e amor ao próximo!

Esses sim fazem girar o nosso mundo.

Esses sim são verdadeiros heróis.

Esses sim mereceriam um reconhecimento que sei, jamais terão.

Bem-hajam!!!